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Peça | Mapa: Espaço-Tempo

MAPAS DE ESPAÇO-TEMPO são Artefatos Mágicos, criados na Escola de Jogos da Magia, necessários para a organização de diversas campanhas


QU4DRI® — Terras ao Norte
QU4DRI® — Terras ao Norte

Segundo alguns trechos do livro apócrifo “QU4DRI — O Tabuleiro Mágico”:

— O número quatro, é preciso aprender, simboliza o mundo. Quando um mapa da terra é projetado sobre uma superfície plana, como as tabuletas de madeira, forma um quadrado. O quadrado é, na iconografia de muitas religiões antigas, o símbolo da terra, do mundo.


— Ao norte do mapa, há rumores de que um suposto principado e sua defensora, a Senhora das Terras Ermas, discordam das resoluções incentivadas pela parte do Conselho formada pelo Áugure dos Ventos, de buscar nas Terras Longínquas um suposto e antigo herdeiro de Tawantin. Esta Senhora das Terras Ermas estaria empreendendo sua própria busca por uma linhagem perdida, de uma família real muito antiga. Para ela, naquela família, havia duas meninas que poderiam tornar-se rainhas, mas apenas uma delas ascendeu ao trono. A Senhora das Terras Ermas acredita que pode resgatar a tal linhagem se encontrar os descendentes da princesa que não se tornara rainha na ocasião. Segundo a Senhora das Terras Ermas, uma linhagem feminina equalizaria a toda situação atual.



— Um antigo sábio das Terras Longínquas do Ocidente nos propõe o Teorema das Quatro Cores, no qual defende a tese de que em um determinado mapa plano, dividido por inúmeras regiões, não importa quantas, apenas quatro cores seriam suficientes para identificar de forma precisa todas as suas divisões. — respondeu o Mestre a minha dúvida. — Ou seja, o Teorema das Quatro Cores propõe colorir nos mapas as regiões vizinhas de forma a identificá-las sem que elas precisem partilhar de uma das quatro cores utilizadas.


— O que temos naquela direção? — perguntou o Mestre, consultando seu próprio mapa.
— Estamos há quantos ciclos de Tawantin? — balbuciou o artesão para si mesmo. — A capital ainda está longe!
— Pelo meu mapa, estamos próximos à trilha que nos levaria a Rios Suspensos.
— confirmou o Mestre.



— Guarde seu mapa elemental, Escriba! Vamos usar o meu como bússola.
Estamos a poucas parchisis de entrar em uma zona de quarentena, que estão chamando, depois da Revolução dos Magos, de zona neutra.
O Mestre e o Artesão me olharam com nítida surpresa. E depois riram apontando para meu mapa.
— Onde você arrumou esse mapa tão atualizado? — perguntou o Artesão.
— Peguei emprestado da Biblioteca Real de Grimoar, antes de sair em jornada.
— Emprestado? — impostou a voz Artesão. — Parece-me um mapa bem caro de se ter.
— Em Grimoar, os mapas bons e baratos não são raros! — sugeri.
— Mas você havia dito que fora emprestado?
— Sim! Emprestado! E devo devolver assim que voltar para meu lar com minha esposa e filho. Tudo isso antes do retorno do rei, é claro!
Todos nós rimos, menos o cavalo, e seguimos nosso caminho até chegar à tal zona neutra, seja lá o que isso quisesse dizer.



— O que diz seu mapa, Mestre? — perguntou Artesão.
— Aqui não diz nada sobre terras movediças ou vulcões, nem aponta nada sobre tremores. Há algo errado… — disse o Mestre investigando o horizonte ao redor e pensando em alguma coisa que nunca saberei.
— Mestre — disse —, isso é algum tipo de magia?


— Eu sempre fui a Tawantin pelos atalhos seguros — disse Artesão, indo
em direção às barracas de jogos. — Mas nunca imaginei que, por essas paragens,
houvesse uma feira livre, em uma zona administrativa neutra entre as
vilas. E que ainda vendesse centenas de jogos…
— Conhecemos pouco nosso Reino, caro Artesão — disse o Mestre. —
A província de Rios Suspensos é apenas um quadrante perdido dentro do
imenso mapa que é o Reino dos Quatro Cantos do Mundo — e acrescentou.
— Fiquem à vontade, meus amigos. Preciso ver algumas coisas daquele lado…



Assim que atravessamos o rio através de uma frágil ponte de madeira, Artesão perguntou:
— Ainda nos encontramos na fronteira entre Rios Suspensos e Tawantin? Ou já passamos da fronteira?
— Deixe-me ver — respondi apanhando meu mapa na bolsa de couro. — Não me lembro de ter visto esse Epicentro no mapa do Mestre…
— Talvez você não tenha prestado tanta atenção, mas o fato é que o que vimos foi bem real, meu caro.
— Sim, mas talvez tivéssemos saído da rota.
Enquanto abria o mapa, tentando me esquivar de um vento molhado, o livro que trazia comigo, que vinha tentando ler enquanto andava, caiu no chão. Artesão o apanhou e o abriu em uma página qualquer.
— Bons pensamentos. Boas palavras. Boas ações — leu ele em voz alta e comentou: — Estranho, meu pai sempre me dizia isso, quando eu era criança!


Cruzando as Linhas de Deflexão
Mapas de Espaço-Tempo
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